quinta-feira, 27 de março de 2008

TRAVA - O Negócio Ruim!

"A trava é algo normal, todo mundo que desenha tem isso"

Essa frase eu escuto e leio direto, praticamente todo desenhista diz isso, mas é algo muito subjetivo. Novatos assim como eu, tem muitas travas, principalmente ao ver uma dificuldade em nossa frente. Sabemos que devemos estudar muito, nos esforçar e ralar pra caramba pra destravar, mas é complicado.

Quem passa pela trava sabe do que eu falo!!

Geralmente a gente fica olhando o blog de vários desenhistas, que por fim, os tratamos como ídolos ou fonte de inspiração. De uns tempos pra cá a cada dia que via algum desenho dos “grandes” minha inspiração ia embora e o desânimo vinha, comecei a diminuir meu tempo desenhando ou arte-finalizando, sempre com a mentalidade de que nunca chego lá. Hoje quase não pego mais no lápis para desenhar, disfarço quando alguém diz: “hei Bruno, desenha aí, vamos desenhar hoje”. Fico enrolando e acabo não desenhando nada o dia inteiro. O que será que é? Vergonha? Ou a maledeta TRAVA?
Acho que essa trava acaba desencadeando muitas outras coisas, do tipo a vergonha. Por exemplo, nesses dias tenho vergonha de mostrar meus desenhos para as pessoas, sempre acho que está tudo ruim e acabo me comparando com outros caras que desenham, até mesmo com meus amigos que estão começando assim como eu.
A trava é ruim, pois você senta para desenhar e acaba não saindo nada, somente rabiscos, você acaba meio que esquecendo tudo que aprendeu. Nem mesmo uma cabeça sai no papel, e olha lá um bonequinho do corpo humano. Vencer a trava? Dizem que é insistindo, desenhando, não tirar o lápis do papel e insistir sempre e sempre!! Eu concordo, com treino tudo melhora, mas assimilar algo desse porte é difícil, ainda mais para que está bem no começo e vendo que aos poucos está regredindo.
Escrevi isso como uma forma de deixar essa TRAVA nas minhas palavras, uma forma de tirá-la de mim e colocá-la neste texto. Agora é só lutar para recuperar o tempo perdido, ou melhor dizendo DESENHAR para recuperar o tempo perdido. Como diz um amigo meu, “vamos que a fila anda”.